Por Francisco Gonçalves
“Agradeço o convite e o desafio
para uma escrever uma coluna semanal sobre cultura”. Agradeço ao leitor e peço
paciência, pois este é um desafio renovador. Algumas vezes escrevi partes de
textos, completas apenas minhas monografias, projetos socioculturais e
esportivos, como planos de trabalho e negócios, mas apresentar uma opinião, em
especial sobre cultura, é algo novo na minha vida, pois decidi me dedicar a
projetos socioculturais há pouco mais de seis anos, ou seja, ainda estou
aprendendo muito, mas faz parte da minha cultura tentar me superar e
compartilhar conhecimento, então usarei esta coluna para compartilhar
impressões e histórias.
Para o nosso primeiro ensaio,
imagino ser importante escrever sobre um importante valor da cultura, que serve
como reflexão para o bom convívio em comunidade, assim optei por escrever sobre
a “diversidade” e como ela está presente na nossa cultura, ou seja, em tudo o
que produzimos ou reproduzimos.
É fundamental o respeito à
diversidade para o convívio harmonioso das diferentes identidades culturais
existentes dentro de um território. A diversidade cultural nos permite perceber
que as identidades culturais não são um conjunto único, mas todos nós somos
múltiplos. Não somos todos iguais, ao contrário, podemos e devemos conviver e
valorizar as nossas diferenças culturais, como fator para a harmonia das várias
formas possíveis de ser, conviver, orar, pensar, produzir, comunicar, vestir,
consumir e amar.
A diversidade cultural é uma
necessidade abrangente da múltipla diversidade de vidas na Natureza, produzindo
conhecimento, permitindo renovação e novos modelos de convívio em sociedade.
O “valor agregado da diversidade
cultural” oferece maiores possibilidades de melhoria e desenvolvimento. Ao
entender a diversidade em diversos setores geramos oportunidades, como no
turismo, vestuário, artesanato, produtos alimentícios, serviços culturais, na
confecção de roupas, na produção de móveis, no entretenimento, na saúde e no
esporte.
Parte importante do processo de
reconhecimento da diversidade esta no reconhecimento da própria identidade,
como exemplo a brasilidade que está presente na economia do país, pois vários
produtos traduzem a pluralidade e o espírito da cultura brasileira, como na
música popular brasileira, hoje o terceiro estilo musical mais ouvido no mundo.
Este fenômeno deve acontecer sem
que se percamos nossas características e identidade, possibilitando o consumo
por um mercado que começa de dentro para fora, consumimos o que produzimos, com
nosso próprio gosto e identidade, para depois abrir espaço para o que
produzimos seja consumido, assim buscamos no que o outro produz a ampliação do
nosso gosto, nosso ser, nosso pensamento, nosso conhecimento e mesmo a nossa
diversidade, que pode chamar atenção pela evolução ou revolução da nossa
cultura própria, de reconhecimento e valorização da diversidade.
O mais surpreendente para mim,
depois de ter andado por outras cidades, em outras regiões, estados, e até em
outros países, foi sempre lembrar que aqui, em Presidente Venceslau, cidade
onde nasci e vivi toda minha infância e parte da minha adolescência, sempre
teria algo para trocar, compartilhar e encantar o bom gosto de um turista, como
eu era naquele momento, afinal temos uma identidade, que se associa ao bom
gosto do povo da nossa região, com uma cidade de cultura pulsante, com ênfase a
literatura, dança, música, artesanato, artes plásticas, fanfarra e culinária,
além da beleza de nossas praças, preservação ecológica.
Obvio que esta bela cidade e sua
diversidade cultural foram construídas ao longo de gerações, para isto montamos
esta coluna, para nos próximos artigos começar a apresentar e desvendar estas
identidades nas diversas manifestações culturais, da área da comunicação, no
esporte, educação, com seus múltiplos desafios de pessoas e personagens que por
“serem quem são” “fazerem o que gostam” constroem uma cidade que ainda precisa
respirar mais a diversidade.
Fonte: Portal Bueno
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